
Numa noite chuvosa, a menina ouve um barulho estranho, vindo do celeiro. Curiosa, pega a capa de chuva e corre até lá, onde encontra o pai, a porca e 11 porquinhos, recém nascidos. Um deles, porém, provavelmente morreria, pois além de ser menor a ‘mãe’ não poderia alimentá-lo. Quando o pai quis sacrificá-lo, a menina se propôs a cuidar.
Nasce então “A menina e o porquinho”, uma amizade incomum, dessas em que é que é possível se entender por um olhar. Alguns meses depois, com perspectiva nada agradável de ter um animal de 150kg dormindo com a filha, o pai pede que ela leve o porquinho, a quem deu o nome de Wilbur, para um celeiro.
Lá começa outra história encantadora entre ele e os animais do celeiro, gansos, ovelhas, cavalos, um rato e uma aranha chamada Charlotte – a amiga especial que inspira um conto que mistura companheirismo, afeto e ficção científica. É no celeiro que Wilbur descobre que os porcos nascidos na primavera dificilmente chegam a ver as primeiras nevascas do ano. Charlotte então faz uma promessa a ele: vai dar um jeito para que ele consiga essa façanha.
O porquinho que procurava um milagre para sobreviver acaba encontrando esse milagre com a ajuda da aranha especial e sua famosa teia. A "A Teia de Charlotte" é um livro infantil que já embalou o sono de muitas crianças. Foi escrito por E.B.White em 1952 e é um dos livros infantis mais vendidos de todos os tempos. Em 1973, devido ao sucesso, se transformou em filme através do estúdio Hanna-Barbera.
A nova versão, lançada no início deste ano, segue a mesma fórmula, mas com atores de verdade, combinando animais reais com movimentos auxiliados por efeitos especiais. Some a tudo isso o trabalho fantástico de um elenco de voz estelar, incluindo Julia Roberts no papel de Charlotte, Oprah Winfrey (uma gansa tagarela) e Dominic Scott Kay, de 10 anos, no papel central de Wilbur, o porquinho. A maioria das filmagens ocorreu na Austrália.
Porém, como não estava na estação correta em relação à história, as árvores foram pintadas com tinta não-tóxica de laranja e amarelo, de forma que parecessem estar no outono e o efeito, convenhamos, ficou perfeito. É um filme infantil? Só se eu e uma legião de grandinhos (na idade, pelo menos) formos incluídos nessa categoria. De espetacular no filme, só que os porcos, cavalos, ratos, etc. falam e a aranha além disso ainda tece a salvação do porquinho.
De espetacular na história, uma teia de sentimentos, de amor, amizade, que transpassam diferenças e tornam um ideal possível. Não que seja possível os animais falarem e uma aranha escrever “O porco é demais” em sua teia, mas é uma lição de vida sabermos que o Pedro, o Paulo, o José, cada um com sua cor, sexo, nacionalidade, classe social podem viver no mesmo “celeiro”, como amigos. Mais do que isso, é um filme para toda a família. Para chamar o marido, os filhos, a mãe, a tia, reunião cada vez mais rara, e se emocionar diante da magia da menina e do porquinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário