segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Comer, Rezar e Amar


Por Géssica Gabrieli Valentini

Pelo nome, podemos pensar que se trata de um manual de auto-ajuda: Comer, Rezar e Amar. Porém, quem já teve a oportunidade de ler o livro que inspirou o filme sabe que se trata apenas de um relato sincero de uma mulher que riu, chorou, se encantou e desencantou com as peripécias da vida.

A mulher é Elizabeth Gilbert, interpretada por ninguém menos que Julia Roberts. A atriz dá um charme ao filme e emprega toda sua naturalidade, como se ela mesma tivesse vivido toda a trama.

Quanto à história, Liz, como é conhecida, tinha tudo o que muitos de nós sempre sonhou: sucesso profissional e um bom casamento. Porém, ainda assim sente-se vazia. A loucura ou sensatez faz com que ela peça o divórcio, perca tudo o que conquistou e resolva viajar.

Itália, a Índia e a Indonésia são os lugares escolhidos por ela. Nesses países ela se rende à boa comida, à religião e ao amor, respectivamente.

A Indonésia é escolhida para que ela encontre novamente uma espécie de guru, que anos antes previu algumas coisas a seu respeito. Esse último é o país que bagunçará de vez a aparente harmonia que havia conquistado até ali, pois não estava no seu roteiro de viagem o encontro com o brasileiro Felipe, vivido por Javier Bardem.

Felipe vive fora do Brasil há alguns anos, mas muita coisa ainda permanece, como a música. Nos surpreendemos então com uma trilha sonora preenchida pelos maiores clássicos da Bossa Nova. Até algumas palavras em português são pronunciadas, embora de forma engraçada e com um sotaque espanhol evidente.

Além disso, os italianos, os indianos, bem como os brasileiros, são tratados de forma um tanto caricaturada. Ainda assim, nos deliciamos com os belos pratos da culinária de Roma, oramos no silêncio nas meditações de Bali e até amamos com ela em cada uma das experiências.

O livro se transformou em Best seller em pouco tempo e o filme já é comentado e assistido no mundo todo. Talvez por deixa na boca um gosto suave esperança, como eternizou Vinícius de Moraes em uma das músicas temas do filme: “É melhor ser alegre que ser triste... Alegria é a melhor coisa que existe... É assim como a luz no coração”...

 Bom filme!


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